Museus imperdíveis na Itália
A Itália é um paraíso para os apaixonados por arte. É difícil não sentir no ar a paixão e o respeito dos italianos pela cultura, além do orgulho de eles terem produzidos algumas das obras de arte mais importantes e relevantes do mundo.
É difícil não se encantar por pelo menos uma obra e também é quase inevitável não incluir algum museu no seu roteiro. Nesse post, eu listo alguns dos museus considerados os mais importantes da Itália.
Galleria degli Uffizi, Florença
A Galleria degli Uffizi é considerada o museu mais importante da Itália e um dos mais reconhecidos do mundo. Dentro do museu, encontram-se obras de arte de valor inestimável que vão desde a coleção dos Médici, importante família florentina, até doações e trocas que ocorreram entre os séculos XVIII e XIX.
As suas salas são separadas por escolas e estilos e estão em ordem cronológica, mas o que chama mais atenção é a coleção com as obras do Renascimento, sendo a maior do mundo. Espere encontrar por artistas como Caravaggio, Giotto, da Vinci, Michelangelo e Botticelli.
Quase dois milhões de pessoas visitaram esse museu no ano passado, o que lhe rendeu o título, novamente, de museu mais visitado da Itália.
Musei Capitolini, Roma
Os Museus Capitolinos são um conjunto de prédios romanos e constituem o principal museu de Roma. O local possui uma área de mais de 12 mil metros quadrados e são conhecidos no plural mesmo. Originalmente, eles eram constituídos apenas por uma coleção de esculturas antigas. No século XVIII, o Papa Bento XIV adicionou a Pinacoteca à coleção.
A estrutura foi aberta pelo Papa Clemente XII em 1734 e, por conta disso, é considerado o primeiro museu do mundo – museu público, no sentido de que qualquer um podia desfrutar das obras de arte, além dos proprietários.
Em 2014, quase 500 mil pessoas passaram por esses museus que contam um pouco da história do Império Romano.
Pinacoteca di Brera, Milão
A galeria nacional da Pinacoteca de Brera fica no prédio de mesmo nome em Milão e possui obras de arte tanto antigas como modernas. O museu abriga uma das coleções de pinturas mais importantes da Itália e é especialista em pinturas das região de Veneza e Lombardia, mas também tem obras de outras escolas.
A Pinacoteca também recebeu doações, o que permite ao visitante apreciar obras que vão desde a pré história até a arte contemporânea, representada por obras de arte do século XX. É dividida em 12 salas separadas por afrescos, artistas, períodos e movimentos, e conta com nomes como Piero della Francesca, Raffaello e Caravaggio.
Em 2013, foi o 20º sítio mais visitado da Itália com quase 250 mil visitantes.
Museo Archeologico Nazionale, Nápoles
A Itália possui alguns museus arqueológicos, mas o que se destaca mesmo é o Museu Arqueológico Nacional de Nápoles (MANN) por conta de sua incrível coleção, que é considerada a mais rica no quesito de interesse arqueológico de toda a Itália. Também é um dos museus arqueológicos mais importantes do mundo e talvez o mais importante sobre a época romana.
Com mais de 12 mil metros quadrados, ele é formado por três seções principais: a coleção Farnese (proveniente de Roma e entorno), as coleções de Pompeia (da área vesuviana) e uma coleção egípcia, que fica atrás somente do museu de Turim na Itália. Outras coleções foram compradas ou doadas ao museu ao longo dos anos, como as coleções Borgia, Santangelo e Spinelli.
Foi o 15º sítio mais visitado da Itália no ano de 2013, com quase 310 mil visitantes.
Santa Maria delle Grazie, Milão
Eu confesso que trapaceei um pouco aqui, pois a Santa Maria delle Grazie não é um museu e sim uma igreja. Porém, considerei colocá-la nessa lista porque ela abriga uma das obras de arte mais importantes do mundo que a é a Última Ceia de Leonardo da Vinci.
A igreja faz parte dos Patrimônios da Humanidade da UNESCO e chegou a ser bombardeada durante a guerra.
O famoso Cenacolo, como os italianos dizem, fica na parte do refeitório, na parede da direita, com quase nove metros de comprimento. É a representação mais famosa da última ceia de Cristo, considerada a obra prima de Leonardo e do renascimento italiano em geral.
Em 2013, foi visitada por mais de 410 mil pessoas. Lembrando que é necessário agendar sua visita com antecedência, pois poucas pessoas entram na sala por vez, o que colabora para a conservação da obra.
Museo Egizio, Turim
O Museu Egípcio de Turim é considerado, por conta do valor das obras, o segundo mais importante do mundo depois do de Cairo. A história desse museu começa com a visita de Vitaliano Donati ao Egito em 1759, onde ele encontrou algumas peças que foram enviadas a Turim.
Atualmente, o museu conta com mais de 30 mil peças que vão desde o período paleolítico, sendo algumas das peças mais importantes a Esfinge, as estátuas de Amon, Seti II, Sekhmet, Ramses II e a tumba intacta de Kha e Merit.
Foi o oitavo lugar mais visitado da Itália em 2013, recebendo mais de 540 mil pessoas. Em 2015, esse número provavelmente deve aumentar por conta da inauguração do novo museu em abril – o que gerou filas quilométricas ao longo da cidade.
Galleria dell’Accademia, Florença
É o segundo museu mais importante de Florença. A Galleria dell’Accademia possui o maior número de esculturas de Michelangelo no mundo – são sete obras, contando com uma de suas mais famosas que é o Davi.
A galeria também conta com outras seções, como a coleção mais vasta e importante do mundo de pinturas com fundo de ouro e também abriga o museu de instrumentos musicais.
É importante ressaltar que apesar de muitas pessoas visitarem esse museu somente por conta do Davi de Michelangelo, ele abriga outras obras de arte importantes e merece ser visitado com calma.
É o segundo museu e o quarto sítio mais visitado da Itália, recebendo mais de 1,2 milhão de pessoas no ano de 2013.
Palazzo Ducale, Veneza
O Palácio Ducal em Veneza, antigamente conhecido como Palácio do Doge, é um símbolo da cidade e a obra que mais representa o estilo gótico veneziano. O prédio surge na Praça de São Marcos e foi construído entre 1309 e 1424.
Era a antiga sede do duque de Veneza e atualmente abriga um museu que conserva as antigas salas de reunião e os quartos do duque, com os tetos recobertos por ouro e obras de arte. Entre os nomes estão Tintoretto, Bassano e Veronese.
Somente no ano de 2012, recebeu mais de 1,3 milhão de visitantes, sendo um dos sítios mais visitados na Itália.
Galleria Borghese, Roma
A Galleria Borghese fica dentro da Villa Borghese, o terceiro maior parque de Roma. Considerada única no mundo quando o assunto são as esculturas de Bernini e as telas de Caravaggio, abrigando o maior número e/ou as obras mais importantes desses dois artistas.
Foi construída em 1902 e possui oito esculturas de Bernini, entre elas o famoso Rapto de Proserpina (foto) e Apolo e Dafne, além do Davi – bem diferente daquele de Michelangelo. De Caravaggio, são seis telas, entre elas o Pequeno Baco Doente e São Jerônimo Que Escreve – obra que veio para o Brasil durante a exposição de Caravaggio em 2012.
Em 2013, foi o nono sítio italiano mais visitado, recebendo quase 500 mil pessoas.
Musei Vaticani, Cidade do Vaticano
Não é museu italiano, mas a Cidade do Vaticano fica dentro do território italiano e os Museus Vaticanos são simplesmente alguns dos mais importantes do mundo.
Eles possuem algumas das coleções de arte mais importantes, que foram acumulada ao longo dos séculos pelos Papas. Foram fundados pelo Papa Júlio II no século XVI. Dentro dos museus, encontram-se a Capela Sistina e os Quartos Papais, que foram pintados por Michelangelo e Rafael, sendo algumas das obras mais procuradas nos museus.
Se fosse dentro da República Italiana, seria o museu mais visitado do país, pois recebe quase seis milhões de pessoas por ano dentro dos seus sete quilômetros de extensão.
Espero que você inclua um desses em seu roteiro 😉